Os compromissos políticos de neutralidade carbónica globais, europeus e nacionais conferem à floresta um papel central e incontornável. Esta foi uma das conclusões do webinar promovido pelo Centro PINUS no passado dia 29 de junho, onde foi reforçada a oportunidade que se apresenta para o setor florestal e a fileira do pinho.
Numa comunicado divulgado pelo Centro PINUS, ao longo da sessão, ficou evidente que se verifica uma grande dinâmica no mercado voluntário de carbono tendo sido citados dados como o facto do volume de transações de créditos de carbono com origem no setor de florestas e uso do solo ter crescido 264% entre 2017 e 2018 ou de cerca de um quinto das maiores empresas mundiais terem assumido já compromissos de neutralidade carbónica. Consta-se assim que existe uma grande disponibilidade de capital privado para investir na valorização de áreas florestais através de ações de arborização, rearborização, condução de regeneração natural e outras, lê-se no mesmo comunicado.
No webinar ficou ainda evidente que “o pinheiro-bravo diferencia-se pela positiva através da sua cadeia de valor”, pela “versatilidade de produtos passíveis de valorização” através de conceitos como a “bioeconomia e a economia circular e pela duração do período de sequestro quer nos espaços florestais quer nos produtos”.
Existe ainda uma grande diversidade de iniciativas de acreditação, de níveis de exigência e mesmo de modelos de negócio no mercado voluntário de carbono. Para países como Portugal o caminho para esta oportunidade, tal como se pode ler no comunicado, poderá passar por “iniciativas como as promovidas pelo grupo espanhol Sylvestris, empresa que tem realizado investimentos em áreas florestais ao abrigo de uma iniciativa e ferramenta dinamizadas pelo Governo espanhol”.
No decorrer da sessão, o Centro PINUS alertou para a importância do país manter capital natural de sequestro de carbono denunciando a incoerência de destruir floresta para instalar parques fotovoltaicos .