O secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, e o Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, visitaram, ontem, em Vila Real de Santo António, “a maior obra jamais efetuada no concelho em matéria de abastecimento de água e saneamento básico”, intervenção que permitiu acabar de vez com os esgotos não tratados no Rio Guadiana.
Avaliados em 30 milhões de euros e executados ao abrigo do Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POVT), os trabalhos puseram fim a uma “rede obsoleta” que misturava esgotos e águas pluviais e se encontrava subdimensionada face às necessidades atuais, lê-se em comunicado enviado à imprensa.
Este conjunto de intervenções somam-se às já realizadas pelo executivo vila-realense desde 2005, cujo montante ultrapassa os 31 milhões de euros, o que totaliza um valor global superior a 61 milhões de euros em infraestruturas de água e saneamento.
Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “mesmo em tempo de contenção financeira, o município soube encontrar os mecanismos de financiamento ainda disponíveis, levando a cabo o maior investimento público de sempre”. “Por outro lado, este esforço financeiro dá cumprimento às regras exigidas por Bruxelas em matéria de saneamento, corrigindo os erros do passado e evitando multas ao Estado Português”, prosseguiu o autarca.
Ao nível do POVT, e em matéria de saneamento, foram construídas 17 novas estações elevatórias em todo o concelho e implementados 34 quilómetros de novas condutas de esgotos, modernizando uma rede antiquada que, em muitos casos, não se encontrava ligada aos sistemas intercetores e às Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Já no abastecimento, a obra permitiu a renovação de mais 33 quilómetros de tubagens de água e a construção de 4 novos reservatórios, diminuindo drasticamente as roturas e os episódios de falta de água que, no passado, se verificavam no verão.
Simultaneamente, foi remodelada a maioria das tubagens de água do concelho, algumas com mais de 50 anos, e levada água canalizada a diversos pontos do interior do município que ainda não possuíam este serviço em pleno século XXI.
Para o Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, que elogiou a obra levada a cabo em VRSA, “este investimento permite não só o equilíbrio ambiental do país, mas cria também condições para o desenvolvimento turístico da região do Algarve”.