A REN — Redes Energéticas Nacionais está no mercado para a sua primeira emissão de obrigações verdes, num montante de 300 milhões de euros, com maturidade a oito anos e taxa fixa, noticiou a Lusa.
Em comunicado, a empresa liderada por Rodrigo Costa adianta que “esta emissão de obrigações verdes insere-se na regular política de financiamento da REN, mantendo o perfil de empresa sólida e de baixo risco, não alterando a sua política financeira conservadora que visa consolidar um perfil de crédito ‘Investment Grade'” (grau de investimento).
A emissão inaugural verde da REN “reflete o alinhamento da estratégia financeira da empresa com a estratégia de sustentabilidade da empresa, baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados em 2015 pelas Nações Unidas, e demonstra o compromisso da empresa com as questões ambientais, sociais e de governança”, lê-se no comunicado que a Lusa teve acesso.
O grupo de bancos responsável pela colocação é constituído pelo BBVA, CaixaBI, ING, J.P. Morgan, Millennium BCP, Santander e o SMBC, todos atuando na qualidade de “joint bookrunners“, informa a gestora das redes energéticas nacionais, adiantando que o ING tem ainda o papel de “Green Structuring Bank” pela assessoria prestada à REN no âmbito do processo de elaboração do seu “Green Finance Framework” publicado em fevereiro.
A emissão surge dois meses depois de a empresa ter sido certificada pelo Institutional Shareholder Services (ISS-ESG) com o “rating” Prime, ao considerar que a empresa dá um “contributo significativo” para atingir “as metas de desenvolvimento sustentável”.
A REN tem um “rating” BBB atribuído pela Fitch e pela Standard & Poor’s e Baa3 pela Moody’s.
Em 2020, a REN registou lucros de 109,2 milhões de euros, uma redução de 8,1% face a 2019.