A EGF (Environment Global Facilities) registou em 2020 um “aumento na recolha seletiva de 4% face a 2019”, um aumento que contrasta com o “decréscimo da produção total de resíduos de -5%,” informa em comunicado.
Em fevereiro de 2020, antes dos efeitos da pandemia, a “Recolha Seletiva crescia 19% face ao período homólogo”, mas com a pandemia e, por força das consequências na atividade das empresas e das alterações no comportamento das pessoas, “os números registados são inferiores à expectativa inicial”, refere a entidade.
Dos efeitos da pandemia nos resultados, destaca-se a “maior presença das famílias em casa (onde se recicla mais)” e, também por isso, “a deslocação da produção de resíduos para as áreas periféricas das cidades, o fecho do comércio, a quase ausência de turismo e alteração de hábitos de consumo”. Mas também se constata o facto de 2020 ser um ano em que se regista “uma diminuição dos resíduos produzidos, contrariando a tendência crescente dos últimos anos”, lê-se no comunicado.
A destacar está também o facto das concessionárias EGF, apesar de este ter sido um ano de desafios extremos, nunca pararam os seus serviços à população, nomeadamente na recolha seletiva, mas também nas Centrais de Triagem, pois “souberam implementar soluções e adaptaram-se às novas condições, sempre com o máximo cuidado com a segurança e saúde dos seus colaboradores”, sublinha a entidade.
A EGF destaca ainda o “excelente desempenho” na recolha de recicláveis das empresas Amarsul, Suldouro e Resinorte com “crescimentos superiores a 16% em comparação ao período homólogo”, e, em sentido inverso, “as empresas Valorsul e Algar, muito afetadas pela ausência de turismo e fecho do comércio”.
Esta informação representa os dados consolidados de 11 concessionárias, distribuídas de Norte a Sul do país, relativas ao ano de 2020 e que ilustram o comportamento de 60% da população portuguesa.