A Indaqua, entidade gestora de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, alcançou, em 2020 e na média dos sete municípios em que opera (Santo Tirso, Trofa, Vila do Conde, Fafe, Matosinhos, Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira), um volume de perdas de apenas 13,9%. Este valor, mostrado pelo indicador “Água Não Faturada”, tem sido consecutivamente reduzido: “em 2019 registavam-se 14,5% de perdas e, em 2018, um valor muito semelhante (14,3%)”, refere a empresa.
Significa isto, segundo a empresa, que se as mais de 250 entidades gestoras portuguesas tivessem o mesmo desempenho, não teriam sido desperdiçados no meio ambiente, em 2020, “122 milhões de m3 de água, o suficiente para abastecer o país durante cerca 3 meses”. Seria ainda alcançada uma “poupança anual de 70 milhões de euros, valor equivalente à reabilitação de 1.000 km de condutas, ou seja, 1% de toda a (já) envelhecida rede de abastecimento nacional”, refere o comunicado da Indaqua.
Os resultados que foram apurados pela Indaqua dizem respeito ao ano de 2020. A nível nacional, foi recentemente publicado o ranking de Água Não Faturada, por parte da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), com dados ainda de 2019. Este relatório apontava uma “média nacional de perdas de 28,8% e indicava três municípios da Indaqua como aqueles em que menos água é desperdiçada no país: Vila do Conde (9%) e Santo Tirso e Trofa (10%)”, destaca a empresa.
Já em 2020, em Santo Tirso e na Trofa, com concessão conjunta, as perdas de água na rede ficaram pelos 8,9%, um valor bem distante do registado em 1998 (57%), antes da concessão ter sido entregue à Indaqua. Em Vila do Conde e também em 2020, a percentagem foi de 10,7%, quando no início da atividade da concessionária (2009) era de 37%. A terceira concessão Indaqua com melhor desempenho é Matosinhos com 12% de perdas, um terço das que se registavam antes do início da concessão (37%, em 2008). Em qualquer um destes municípios, as perdas de água eliminadas desde o início da concessão permitem abastecer cada território durante três meses, poupando-se as origens de água da região.
“A Indaqua orgulha-se dos resultados que, ano após ano, tem alcançado na redução de perdas de água na rede, que resultam do modelo de gestão eficiente que aplica nos seus territórios e que são um importante contributo para a sustentabilidade ambiental e económica dos mesmos”, avança Pedro Perdigão, CEO do Grupo Indaqua. O responsável acrescenta que “os valores alcançados resultam de uma abordagem holística a esta problemática, em que se reduzem quer as perdas comerciais (com um acérrimo combate aos consumos ilícitos) quer as perdas reais (fugas e perdas de água ao longo do sistema). Fazemos uma constante monitorização das nossas redes, com pesquisa diária de fugas em mais de 4 mil quilómetros de condutas, recorrendo à mais avançada tecnologia aplicada no setor e a uma equipa de profissionais especializados”.