O Movimento pelo Tejo – proTEJO vai criar uma rede de vigilância sobre a poluição na bacia do rio Tejo, incentivando as populações ribeirinhas a denunciarem e registarem focos de poluição e entidades responsáveis, indica o jornal Público.
Paulo Constantino, porta-voz do proTEJO, disse à agência Lusa que o objectivo é “unir os cidadãos que se preocupam com a qualidade das massas de água e zonas ribeirinhas, tirando fotos ou fazendo vídeos a casos de poluição do Tejo que sejam provocados por entdades, empresas ou particulares”. Segundo o dirigente associativo “o que se pretende é criar pressão junto dos prevaricadores” com uma rede de vigilância constituída por populares, com destaque para Vila Velha de Ródão e a zona de Santarém e Rio Maior. “Essa rede já existe, mas está desgarrada, sendo que muitas denúncias já são feitas através das redes sociais, sinal de que muitas pessoas estão preocupadas, mas também atentas e sensibilizadas para a importância do registo e da denúncia de fenómenos de poluição e para a falta de caudais na bacia do rio Tejo”, destacou. “Esta rede de vigilância composta pelos cidadãos tem em vista que os infractores sejam denunciados às entidades responsáveis pela fiscalização ambiental e, consequentemente, penalizados e sancionados”, vincou ainda.
A medida foi aprovada na última assembleia geral do proTEJO realizada a 2 de Agosto. Foi, também, decidido que o movimento vai preparar as alegações ao Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo até 12 de Outubro, tendo em vista propor medidas que contribuam para a resolução dos problemas ambientais do Tejo e “mostrar indignação ao Governo e à Agência Portuguesa do Ambiente pela escassez de meios de fiscalização”.
“Apesar das recentes declarações dos responsáveis governamentais, em que asseguravam que a fiscalização está mais célere e mais competente, nós entendemos que os meios que existem não são suficientes para defender o Tejo dos seus poluidores. Aliás, bastou o ministro voltar costas, depois de uma recente inspecção pública ao rio, para que se voltassem a registar novos focos de poluição no Tejo”, sublinhou Paulo Constantino.