A Algar, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos, que engloba os dezasseis municípios da região do Algarve, está a mobilizar meios humanos e equipamentos para a recolha selectiva de mais de 2500 ecopontos. Com uma maior afluência da população sazonal, que quase triplica nesta altura do ano, a produção de resíduos também aumenta e, tendo em consideração esta situação, a Algar sente necessidade de introduzir “alterações significativas no seu processo de gestão para continuar a garantir a melhor qualidade de serviço nesta altura”, lia-se em comunicado da Algar.
Com o objectivo de responder de forma eficaz ao maior volume de actividade operacional que ocorre no Verão, a Algar já adquiriu novas viaturas, contratou apoio operacional externo e, recorreu, ainda, à contratação de mão-de-obra temporária para dar resposta ao elevado aumento dos resíduos de embalagens que se processam nas suas instalações. Paralelamente, a empresa de tratamento de resíduos reforçou o número de ecopontos em locais de maior concentração populacional e investiu na recolha seletiva dos resíduos provenientes do sector do comércio e serviços, promovendo campanhas de sensibilização no âmbito do seu projecto “Ambilinha”.
Os ecopontos, colocados de forma estratégica em cada um dos municípios que serve, encaminham os resíduos para três centrais de Triagem e Valorização (duas no Sotavento e uma no Barlavento), ao que acresce a recolha selectiva nos treze ecocentros (Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Lagoa, Tavira, Loulé, Portimão) que a Algar coloca à disposição da população para a deposição voluntária de resíduos recicláveis de maior dimensão.
A Algar conta, também, com a colaboração dos municípios para o controlo e fiscalização da deposição incorrecta dos resíduos nos ecopontos, bem como para sensibilizar a população no cumprimento das boas práticas essenciais à actividade da recolha selectiva, nomeadamente, alertar e impedir o estacionamento junto dos ecopontos, o que inviabiliza a sua recolha pelas viaturas da Algar, com os consequentes problemas ambientais e de saúde pública que daí resultam para a população em geral.
Com o intuito de envolver a comunidade neste processo de consciencialização ambiental, a Algar abre regularmente à população visitas às suas unidades de triagem para poderem observar a receção, o manuseamento e todo o trabalho de processamento pelos funcionários dos resíduos que são recolhidos nos ecopontos.
Com estas visitas e as campanhas contínuas de sensibilização da população, a Algar tem conseguido aumentar a colaboração da população que se traduz no aumento das quantidades de recicláveis que todos os anos são valorizados. Contudo, alerta a empresa, “ainda não se conseguiu que todos façam a separação dos seus resíduos de embalagens”. Cerca de 30% de recicláveis ainda são depositados em conjunto com os resíduos indiferenciados em aterro, aumentando, assim, o custo para as autarquias e, consequentemente, para os munícipes, que veem esse valor refletido na sua factura da água.