No dia em que se assinala o Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozono, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o sucesso de acordos globais em ajudar a restaurar a camada protetora à volta da Terra.
Numa menagem partilhada, o secretário-geral da Organização das ONU, António Guterres, aplaudiu a Convenção de Viena de 1985 para a Proteção da Camada de Ozono: “Hoje comemoramos os 35 anos dessa convenção, que foi o primeiro passo para consertar o buraco na camada de ozono do planeta”. O responsável disse ainda que “os tratados de ozono destacam-se como exemplos inspiradores que mostram que, onde prevalece a vontade política, há poucos limites para o que podemos alcançar numa causa comum”.
Sobre atual contexto pandémico e os efeitos devastadores socieconómicos, o secretário-geral recomendou “esforços para construir sociedades mais fortes e resilientes”. Assim, “é fundamental que coloquemos os nossos esforços e investimentos no combate às alterações climáticas e na proteção da natureza e dos ecossistemas que nos sustentam”, declarou.
A Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozono, que comemora o trigésimo quinto aniversário este ano, foi o “primeiro passo para consertar o buraco na camada de ozono do planeta”, diz o responsável, recordando que, em 1987, os países adotaram o Protocolo de Montreal da Convenção, comprometendo-se a “substituir os gases usados em aerossóis e aparelhos de resfriamento que estavam a causar o buraco”. Até agora, segundo António Guterres, “cerca de 99% desses gases foram substituídos”, contribuindo para a “cura da camada de ozono”.
Também a “Emenda Kigali” foi mencionada pelo secretário-geral da ONU: “Totalmente implementada a Emenda Kigali pode evitar 0,4 graus Celsius de aquecimento global”. O responsável aproveitou para felicitar as “100 partes que têm liderado pelo exemplo”.
“Ozono para a vida” foi o tema escolhido para este anos: “É um lembrete de que o ozono não é apenas crucial para a vida na Terra, mas que devemos continuar a proteger a sua camada para as gerações futuras”, destaca a ONU.