A Central de Valorização Orgânica da Lipor recebeu e valorizou, nos seus 15 anos de atividade, 647.608 toneladas de resíduos alimentares e resíduos verdes, informa a entidade em comunicado.
Ao longos destes anos, a Lipor recorda que, juntamente, com os seus municípios associados, iniciaram um projeto diferenciador que deixou uma “marca na gestão de resíduos e na proteção dos solos em Portugal, – a “Compostagem Industrial” feita a partir da “recolha seletiva de biorresíduos”.
A Central de Valorização Orgânica é alimentada por um conjunto de circuitos de recolha seletiva promovidos pela Lipor e Municípios associados. Estes circuitos, segundo a Lipor, vão desde a “recolha seletiva porta-a-porta em habitações, até à recolha em cantinas e restaurantes, passando por mercados, e grandes produtores, permitindo assim, a recolha de biorresíduos com uma elevada qualidade e sem contaminantes, o que dá origem à produção de um corretivo agrícola de excelente qualidade – o NUTRIMAIS”.
Mas o trabalho da Lipor e dos Municípios associados não se esgotou aqui, tendo sido “promovido um conjunto de projetos paralelos” com o objetivo de “potenciar, por exemplo, a redução do desperdício alimentar e promover o retorno ao solo da matéria orgânica que o enriquece”. O Embrulha. e o Dose Certa são projetos de prevenção da produção de resíduos em restaurantes e cantinas, que promovem o “aproveitamento total das refeições, minimizando o desperdício”, evitando a sua incineração ou deposição em Aterro, refere a Lipor.
Ao mesmo tempo, apostando na gestão descentralizada dos resíduos verdes e alimentares, a promoção do projeto de Compostagem Caseira tem sido uma “forma preferencial de tratar localmente este tipo de resíduos”, diz o mesmo comunicado. No âmbito deste projeto a Lipor já “entregou 15.532 compostores domésticos e 67 compostores comunitários aos cidadãos dos seus 8 municípios”, permitindo a “valorização local de mais de 6.500 toneladas de biorresíduos por ano”.
A Lipor destaca o papel relevante de todos os Municípios associados: “Não seriam possíveis sem o esforço de todos, quer na instalação de infraestruturas, quer na otimização de circuitos de recolha de resíduos, quer na sensibilização da comunidade”. Também os cidadãos “têm contribuído e participado de forma cada vez mais exemplar nos diversos projetos desenvolvidos, aumentando assim as quantidades de materiais valorizados e diminuído o desperdício, e também contribuído para menores emissões de gases de efeito de estufa”, realça a Lipor.