O estudo sobre os impactos socioeconómicos da exploração da Mina do Barroso e produção de concentrado de espodumena (de onde será extraído lítio), situada no concelho de Boticas, desenvolvido pela Universidade do Minho, estima que o impacto no emprego será cerca de 800 postos de trabalho (200 diretos e 400 a 600 indiretos) durante a fase de operação. Estima-se que o efeito multiplicador na riqueza gerada da região, ao longo da vida do projeto, possa resultar em 1.300 postos de trabalho no decorrer dos 12 anos da sua vida útil.
Esta conclusão e os inúmeros impactes socioeconómicos do projeto da Mina do Barroso serão apresentados no dia 18 de maio, numa iniciativa exclusivamente online.
Com um investimento de cerca de 110 milhões de euros, prevê-se que o projeto da Mina do Barroso dê origem a um aumento significativo do valor bruto da produção nacional anual, e que o impacte na formação do produto interno bruto (PIB) seja de cerca de 65 milhões de euros na fase de investimento, e perto de 34 milhões de euros, por ano, na fase de operação. O estudo refere ainda que haverá um impacte significativo nas exportações portuguesas de minérios metálicos, uma vez que cerca de 86% da produção da Mina do Barroso será inicialmente destinada à exportação.
A região de Covas do Barroso, onde está situada a mina, irá beneficiar de um impulso no desenvolvimento económico e social. A criação de postos de trabalho no concelho, o aumento do rendimento local, bem como o financiamento de políticas públicas de suporte à comunidade, vão contribuir para a fixação dos trabalhadores na região e impulsionar o retorno de população originária do concelho, nomeadamente jovens, que podem contribuir para um rejuvenescimento populacional contrariando o atual declínio demográfico.
Este desenvolvimento será suportado pelos negócios relacionados com a atividade na Mina, mas também através do comércio local e serviços, o que pode garantir um desenvolvimento sustentável para uma região ameaçada pela desertificação e falta de oportunidades para os cidadãos mais novos.
Para David Archer, CEO da Savannah: “É importante salvaguardar o interesse comum na Mina do Barroso, contribuindo de forma relevante e duradoura para o desenvolvimento de toda uma região, abrandando o processo de desertificação e envelhecimento da comunidade local com um forte estímulo gerador de empregos e rendimentos, que salvaguarda a coesão regional e o bem-estar da comunidade. O projeto da Mina do Barroso da Savannah é crucial para que Portugal aproveite as oportunidades geradas por este sector emergente. A exploração da Mina do Barroso e a correspondente produção de concentrado de espodumena coloca o país numa posição privilegiada para acionar atividades situadas a jusante da cadeia de valor das baterias e da cadeia de valor da nova mobilidade elétrica estendida. Integrar as diversas fases da cadeia de valor terá um profundo efeito transformador na economia portuguesa e na estrutura das suas exportações.”
O projeto, essencial para o cumprimento do Pacto Ecológico Europeu que a Comissão Europeia quer desenvolver na Europa, tornando-a numa referência ao nível da nova economia baseada na sustentabilidade, é também relevante para o desenvolvimento da estratégia de Portugal para a mobilidade elétrica e o cumprimento dos objetivos da neutralidade carbónica.
A Mina do Barroso é um projeto da Savannah Lithium, empresa subsidiária da Savannah Resources Plc., uma sociedade cotada na bolsa de valores de Londres AIM (London Stock Exchange) focada na prospeção e desenvolvimento de ativos mineiros em vários países do mundo.