O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o presidente da Carris, Tiago Farias, inauguraram ontem novos autocarros elétricos que já começaram a circular na carreira 706, entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré.
Tiago Farias explicou à agência Lusa que a implementação de autocarros elétricos tem como objetivos “servir melhor a cidade e os passageiros que diariamente utilizam a rede Carris, e a descarbonização, para retirar a emissão de poluentes no seio da cidade de Lisboa”. Segundo o presidente da empresa de transportes, um serviço “com mais qualidade, melhor tecnologia e com veículos mais confortáveis e mais silenciosos” é uma forma de atrair mais passageiros.
Neste momento, a Carris já tem 11 autocarros 100% elétricos em circulação e prevê a aquisição de mais quatro “brevemente”, de forma a ter uma frota de 15, sendo que, ainda durante este ano, a empresa pretende lançar o concurso para comprar mais 30. O orçamento para a aquisição dos 15 novos autocarros é de 7,5 milhões de euros.
Segundo a Carris, estes veículos têm uma autonomia de 170 quilómetros e o seu tempo médio de carregamento é de cinco horas. O custo de carregamento de cada autocarro é de 25 euros por dia, valor que corresponde a cerca de quatro vezes menos do que atualmente é gasto, por dia, com os autocarros movidos a combustíveis fósseis, apesar de a aquisição de veículos elétricos ter um custo mais elevado.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, frisou que estes autocarros oferecem “mais qualidade a todos aqueles que os utilizam”, sublinhando que a sua circulação tem um grande impacto na redução da poluição na cidade e “ajuda a cumprir os compromissos assumidos em matéria de emissões”.
O autarca indicou, em declarações aos jornalistas, que “foram alterados todos os protocolos de limpeza dos transportes, que são limpos diariamente com reagentes próprios”, para a prevenção do novo coronavírus.