A Direção Geral de Energia e Geologia apresenta esta terça-feira um estudo inovador sobre as águas minerais naturais de Portugal Continental, cujo objetivo é “desenvolver o conhecimento das águas minerais naturais, tendo em vista a melhor gestão, exploração e valorização deste recurso”, pode ler-se na nota enviada à imprensa. Este projeto, que será conhecido, a partir das 9h30, no Centro de Congressos de Lisboa, antiga FIL. Na nota enviada, a organização afirma que o projeto vai contribuir para a “credibilização do termalismo”, uma vez que as “valências terapêuticas destas águas poderão ser definidas com um carácter científico, bem como para a determinação do “prazo de validade” das águas engarrafadas, definido de acordo com as características próprias da água”.
A apresentação dos resultados e a discussão entre os vários intervenientes do projeto acontece com o seminário “Hidrogenoma – Uma nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais”. A sessão de abertura tem prevista as presenças do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, da subdiretora-Geral de Energia e Geologia, Cristina Lourenço, do presidente das Termas de Portugal, Vítor Leal, e do presidente da Águas Minerais e de Nascente de Portugal, Nuno Pinto Magalhães.
Este projeto inovador estudou durante dois anos e meio as cerca de 80 águas minerais naturais do território nacional, usadas em termalismo e em engarrafamento, proporcionando o avanço e contributo científico acerca destes recursos geológicos do domínio público do Estado. Portugal tem um enorme potencial hidromineral e a Direção Geral de Energia e Geologia considerou ser “fundamental criar uma estratégia para obter um conhecimento mais profundo das águas minerais naturais, na tentativa de definir a Água Mineral Natural como “um todo” e, nesse sentido, conhecer a sua composição ao nível do microbismo, a razão da existência do projeto Hidrogenoma”.
Para a Direção Geral de Energia e Geologia, este estudo multidisciplinar significa um “virar de página na história das águas minerais naturais”, permitindo “relacionar a identificação das comunidades microbianas representativas, a presença de microrganismos específicos com o seu papel ecológico em cada uma das águas para melhor entender estes sistemas aquíferos” e, ainda, definir a “potencial bioatividade para possíveis aplicações futuras, como unidades biológicas dinâmicas, com material genético único”.