A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma estar muito preocupada com os incêndios na Amazónia, no Brasil, devido aos danos imediatos e alterações climáticas, e considera que a sustentabilidade desta floresta é “crítica para o bem-estar da humanidade”, noticiou a Agência Lusa.
De acordo com a comunicação social, o porta-voz do secretário-geral da ONU referiu esta quinta-feira, que a organização ainda não tem informações precisas sobre a causa dos incêndios que consomem a floresta amazónica há 16 dias, escusando-se a fazer comentários sobre a origem do desastre ambiental. “Estamos muito preocupados com os fogos, pelos danos imediatos que estão a causar e porque sustentar as florestas é crucial na nossa luta contra as alterações climáticas”, afirmou Stephane Dujarric, na sede da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. O porta-voz acrescentou que “a saúde destas enormes florestas é crítica para o bem-estar da humanidade” e contribui para a saúde em todo o mundo.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território pertencente à França). O número de incêndios no Brasil cresceu 70% este ano, em comparação com período homólogo de 2018, tendo o país registado 66,9 mil focos até ao passado domingo, com a Amazónia a ser o bioma (conjunto de ecossistemas) mais afetado.
Dados do sistema de monitorização por satélite chamado Deter, que é mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (Inpe) indicam que em julho a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em relação ao mesmo mês do ano passado. O Inpe é o organismo do Governo brasileiro que monitoriza os dados sobre a desflorestação e queimadas no país.