Os incêndios florestais já destruíram uma área de 8.645 hectares este ano, cerca de um quinto do total registado no mesmo período de 2013, referem dados oficiais.
O último relatório provisório de incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revela que, entre 01 de Janeiro e 15 de Agosto, verificaram-se 5.161 ocorrências, das quais 824 foram fogos em floresta e 4.337 fogachos.
Do total de fogos naquele período, 11 são considerados grandes incêndios, ou seja, respeitam a uma área ardida igual ou superior a 100 hectares, e queimaram 2.972 hectares, o que corresponde a 34% do total do território destruído.
Em 2013, tinham sido detectadas 8.997 ocorrências e 41.778 hectares de área ardida. O território destruído pelo fogo este ano abrange 3.910 hectares de povoamentos e 4.735 hectares de matos.
Na comparação com os incêndios florestais dos últimos 10 anos (2004-2013), registaram-se menos 61% de ocorrências e menos 87% de área ardida que a média da década.
"O ano de 2014 é, até 15 de agosto, o terceiro melhor desde 2004 em termos de área ardida", depois de 2007 e 2008, com 5.976 e 8.476 hectares, respetivamente, segundo o relatório.
Os reacendimentos ficaram nos 142 casos, menos 760 que a média da década.
O distrito do Porto teve o maior número de ocorrências, com 993 situações (93% fogachos, ou seja, ocorrências de pequena dimensão que não ultrapassam um hectare de área ardida), seguido de Lisboa (571 situações) e de Braga (452).Guarda é apontada como a região com mais área ardida, ao chegar aos 1.532 hectares, seguida pelo Porto, com 1.273 hectares.