A associação ambientalista Zero manifestou-se “de acordo com a questão levantada pelo ministro do Ambiente”, relativamente à desvalorização dos carros a ‘diesel’, e disse que têm perspetivas em “completa consonância” relativamente ao futuro próximo.
“Neste caso, estamos de acordo com a questão levantada pelo ministro”, afirmou em declarações à Lusa Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero.
“A perspetiva que o ministro do Ambiente dá está em completa consonância com a perspetiva que temos em relação à evolução da tecnologia automóvel no futuro próximo”, acrescentou o responsável.
Em entrevista publicada na edição de hoje do Jornal de Negócios, João Pedro Matos Fernandes afirmou ser “muito evidente que quem comprar um carro a “diesel” muito provavelmente daqui a quatro ou cinco anos não vai ter grande valor na sua troca”.
“Os estudos apontam no sentido de que é mais económico para as empresas adquirirem e utilizarem veículos elétricos e que em três anos os benefícios à compra de elétricos não serão necessários porque estes veículos terão maior autonomia e serão mais baratos do que os veículos a gasolina e a gasóleo”, afirmou o presidente da Zero.
O responsável alertou para que “a frota de veículos a gasóleo é das que tem maior peso, nomeadamente entre as pessoas que andam muito de carro”, devido à grande diferença que existia, no momento da compra, entre o preço do gasóleo (muito mais baixo) e o da gasolina.
“Existe um problema muito grande associado às emissões de óxido de azoto e é realmente devido ao tráfego automóvel intenso e ao facto de a grande percentagem ser de automóveis a gasóleo que não estamos a conseguir cumprir requisitos de qualidade do ar em vários locais dos centros urbanos. O gasóleo é o principal culpado”, argumentou Francisco Ferreira.
O responsável acrescentou que o que acontece em Portugal já está a acontecer noutros países.
“Muitas cidades europeias ponderam banir os veículos a gasóleo ou estabelecer zonas com zero emissões e também há perspetiva de se vir a banir os motores a combustão nas próximas décadas”, referiu.