O Observatório de Sustentabilidade Empresarial apresentou recentemente os resultados do Índice de Sustentabilidade Empresarial 2014. Apesar de serem notórias as melhorias, há uma clara aposta mais na componente biofísica do que na liderança, cultura e desenvolvimento de capital humano. Maria do Rosário Partidário, Presidente do Centro de Estudos e Gestão do Instituto Superior Técnico, apresentou os resultados e alertou para o facto do desenvolvimento sustentável exigir "que se faça diferente". Tendo retomado agora o índice depois de duas edições de 2009 e 2010, em 2014, este assume uma pontuação de 0 a 20, em vez da anterior de 0 a 5, e mede o desempenho e identifica as necessidades das empresas em cinco áreas: liderança estratégica, capital humano, produção e consumo sustentável, energia e clima e biodiversidade e serviços dos ecossistemas. Durante a apresentação, Maria do Rosário Partidário reforçou a importância de migrar para outro patamar de exigência de qualidade, equacionando e verificando as respostas dos questionários entregues às empresas, com vista ao benchmarking, tendo a sustentabilidade como um conceito integrado. Na lista de ambições futuras está também "fazer reflectir no índice as especificidades de cada sector". No que à liderança estratégica diz respeito, 76% das empresas dizem ter um modelo preparado para responder aos grandes desafios de sustentabilidade. Destas, 50% indica que este decorre da motivação dos líderes. Já no capital humano, 56% das inquiridas têm postos de trabalho onde a sustentabilidade é um requisito na execução das funções, sendo que apenas 23% dizem respeito à capacitação criativa, sendo esta uma área a investir. Na Produção, a percentagem de empresas que investe em medidas de sensibilização ambiental, no que à não indústria diz respeito, é de 86%. No caso da indústria, 83% investe em sistemas de gestão ambiental. Ao nível do consumo, 79% da não indústria aposta sobretudo em especificar dos indicadores dos recursos consumidos, enquanto que 64% da indústria já selecciona os fornecedores pelo seu desempenho ambiental. 81% das empresas estabeleceram metas e objectivos para a redução de energia, 79% têm programas de redução de consumo de energia e 67% empresas que integram as alterações climáticas nas suas estratégias. Relativamente à biodiversidade e serviço de ecossistemas, o número de empresas que reconhecem as oportunidades aumentou. "O desenvolvimento sustentável é uma oportunidade para fazer diferente e exige que se faça diferente, não apenas menos do mesmo", referiu a responsável, comentando os resultados preliminares. Os dados completos e conclusões do índice de Sustentabilidade Empresarial 2014 deverão ser apresentados a partir do final de Abril. Por Rita Bernardo
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