O Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu um empréstimo de 40 milhões de euros à The Navigator Company, um grupo industrial português que trabalha na produção de papel fino não revestido. Foi a vice-presidente do BEI, Emma Navarro, e o presidente executivo da Navigator Company, Diogo da Silveira, quem assinaram o acordo.
De acordo com a nota enviada, o empréstimo concedido pelo banco da UE contribuirá para a modernização da fábrica de pasta de papel situada na Figueira da Foz, permitindo aumentar a capacidade de produção em 12 % (70 000 toneladas por ano), reduzir as emissões de poluentes e aumentar a eficiência na utilização da energia e dos recursos, com vista a alinhar plenamente a fábrica com as especificações estabelecidas nas Melhores Técnicas Disponíveis para a indústria da pasta e do papel.
Na cerimónia realizada em Lisboa, Emma Navarro sublinhou que “a ação climática e a coesão contam-se entre as nossas principais prioridades. É, por isso, com enorme satisfação que apoiamos um investimento que beneficiará uma região de coesão em Portugal, melhorando simultaneamente o desempenho ambiental da indústria portuguesa da pasta e do papel. Com esta operação, contribuímos também para apoiar o desenvolvimento sustentável e o emprego no país, melhorando a pegada ambiental e promovendo a competitividade internacional de uma empresa líder na Europa”.
“Com este investimento, demonstramos uma vez mais a capacidade de renovação da companhia e damos mais um passo na modernização do complexo com mais e melhor tecnologia que nos permitem aumentar a capacidade de produção e diminuir a pegada de carbono” explica Diogo da Silveira, CEO da The Navigator Company.
A modernização da fábrica na Figueira da Foz reduzirá em 17 % o consumo de energia necessário para produzir uma tonelada de pasta de papel. O recurso a tecnologias de produção mais modernas também contribuirá para a redução da quantidade específica de água necessária, bem como dos produtos químicos utilizados. As emissões de gases com efeito de estufa também irão baixar, graças à implementação de tecnologias mais eficientes em termos energéticos e à substituição de combustíveis fósseis por uma maior utilização de energia renovável produzida a partir de biomassa. A fábrica da Figueira da Foz apenas utiliza matéria-prima proveniente de florestas certificadas por sistemas de certificação florestal reconhecidos internacionalmente ou considerada como madeira controlada.
Ao mesmo tempo, o aumento da capacidade de produção permitirá à The Navigator Company servir mercados internacionais onde existe uma procura crescente por fibras renováveis, contribuindo assim para estabilizar os preços desta mercadoria internacional no médio a longo prazo. Ao apoiar a competitividade deste setor industrial, o banco da UE também contribuirá para a criação de postos de trabalho indiretos na fileira florestal e na cadeia de fornecimento de madeira nas economias rurais. Além disso, a fase de construção criará o equivalente a 300 postos de trabalho.