A região de Lisboa chegou até agora sem excedências dos limites do poluente ozono, avançou hoje a associação Zero, alertando que, nos próximos dias, é provável que sejam ultrapassados com o calor e a população deve ser avisada.
A Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, analisou os dados sobre aquele poluente do ar última década, na região de Lisboa, e verificou que, “este ano, não houve uma única excedência do ozono, o que são excelentes notícias”.
Segundo a Zero, este foi o primeiro ano em que, no período de janeiro até ao final de julho não se verificou qualquer ultrapassagem horária das concentrações mais elevadas de ozono de superfície.
Os piores anos terão sido 2010 (146 horas de ultrapassagens em diferentes locais), 2008 com 96 horas e 2013 com 92 horas, acrescenta a associação.
“Houve outros anos também relativamente bons, ou seja, com muito poucas horas de excedências, em 2014 e 2015″, disse à agência Lusa Carla Graça, da Zero.
“Devemos recordar que temos tido um verão de exceção, com baixas temperaturas, humidade, ventos, condições que propiciam a dispersão de poluentes”, salientou por outro lado.
A especialista deixou o alerta que, com as condições climatéricas previstas até à próxima semana, com temperaturas elevadas, “é provável que haja excedências e em quantidade dos limiares horários do ozono”.