O ministro do Ambiente apontou esta sexta-feira, dia 9, as várias disciplinas da engenharia como fundamentais para conter as alterações climáticas, que ameaçam Portugal quer pelo aumento das temperaturas quer pela subida do nível médio das águas do mar, noticia a agência Lusa.
Da parte do poder político, João Pedro Matos Fernandes afirmou que está a ser feita despesa: “70 milhões de euros para proteger o território das cheias” e “150 milhões no litoral para o tornar mais resiliente” e resistir ao avanço das águas, provocado quer pelo aumento do nível médio das águas quer pelos fenómenos meteorológicos.
“As artes da engenharia têm que ter um papel decisivo”, disse o ministro aos jornalistas à margem da conferência de abertura do ano 2018 como ano das alterações climáticas da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa.
Por exemplo, no setor da construção, há muito a fazer: “em Portugal e no mundo é o de pior eficiência material, em que são precisos mais quilos de matéria prima para produzir um euro de valor”.
“Deixar de utilizar matéria prima virgem é fundamental. Portugal tem um parque de construção que pode, todo ele, ser usado na construção e reabilitação de edifícios. Não precisamos de ir buscar mais areia aos rios ou pedra às pedreiras, ela já está cá fora”, declarou o governante.
Para cumprir as metas do acordo de Paris, em que se decidiu conter o aumento da temperatura global a um máximo de dois graus centígrados no fim do século, a tecnologia também terá que evoluir em áreas como o armazenamento de energia proveniente de fontes renováveis.
A engenharia dos materiais, destacou, é “nuclear para a possibilidade de remanufaturar e reparar aparelhos”, outro aspeto da economia circular para a qual Matos Fernandes considera essencial que se caminhe.
Para quê, interrogou-se, ter um berbequim em casa “que trabalha doze minutos durante uma vida inteira?”. Em vez de proprietários, podemos ser utilizadores” desse tipo de tecnologia, sem deixar de a ter disponível quando é precisa.