Milhões de toneladas de resíduos são introduzidas anualmente no mar e nos oceanos, sendo o plástico um dos materiais encontrados com mais frequência nesses locais. No Dia Nacional do Mar, a Sociedade Ponto Verde alerta para a necessidade de desenvolver ações destinadas à conservação e ao uso sustentável dos oceanos, contribuindo para impedir que todos os anos milhões de toneladas de resíduos sejam atiradas ao mar.
“O mar é um ativo incontornável para a economia portuguesa. E vai ter um papel decisivo na dinamização de áreas como alimentação, energia, biotecnologia, segurança, transportes ou alterações climáticas. É importante fomentar a transformação dos nossos hábitos e atitudes, de forma a preservarmos os mares e oceanos, mas sobretudo o nosso principal recurso, o planeta Terra”, destaca Luís Veiga Martins, diretor geral da Sociedade Ponto Verde.
Para tal, é fundamental fazer um uso racional dos materiais e produtos disponíveis, evitando o desperdício. “Apesar de o nosso planeta ser o recurso mais valioso, muitas vezes não o tratamos com o devido valor. Há pequenas gestos que todos podemos adotar, desde logo dar um destino adequado aos nossos resíduos, como o ecoponto ou o ecocentro no que respeita às embalagens, evitando que estes materiais possam ser depositados nos mares ou em outros locais”, acrescenta.
Desde a sua constituição, a Sociedade Ponto Verde assegurou o envio de mais de 900 mil toneladas de resíduos de embalagens de plástico para reciclagem.
Com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da reciclagem, a Sociedade Ponto Verde lançou em 2017 a campanha “Reciclagem, Sempre!”, que tem por objetivo incentivar os portugueses a manter os seus hábitos de reciclagem em qualquer contexto. Hoje, sete em cada 10 lares já recicla, importa agora que sempre que os portugueses saiam de casa ou mudem de rotina, como por exemplo numa ida à praia, num passeio de barco, numa maratona ou num festival, também o façam.
De acordo com um relatório da Fundação Ellen MacArthur estima-se que a produção de plásticos duplique nos próximos 20 anos e quase quadruplique até 2050.