O Governo são-tomense conta com o apoio dos seus parceiros internacionais para elaborar e executar um plano de gestão integrada de recursos hídricos e “assegurar a sua racionalização a curto, médio e longo prazo”, anunciou ontem fonte oficial, citada pela Lusa.
Segundo o ministro das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Carlos Vila Nova, as autoridades são-tomenses têm procurado, através dos seus parceiros, encontrar “mecanismos que permitem elaborar e implementar planos estratégicos de modo a assegurar a eficaz racionalização” dos recursos hídricos a curto, médio e longo prazo.
Segundo o governante, que intervinha na abertura da V reunião do Comité Regional do Projeto de Gestão Integrado dos Recursos Hídricos dos Pequenos Estados Insulares, o objetivo é por em prática as diversas ações dos objetivos do desenvolvimento sustentável. “A problemática de acesso à água em várias partes do mundo atinge cenários preocupantes, sobretudo atendendo ao fenómeno das alterações climáticas e da má gestão dos recursos disponíveis”, acrescentou o governante.
“Deve-se olhar tanto para os interesses do desenvolvimento económico, atendimento aos aspetos sociais com ênfases na necessidade de água para a população, mas também na proteção do ambiente, numa perspetiva em que todos devem participar de forma integral”, sublinhou. Durante três dias, São Tomé e Príncipe, Comores, Cabo Verde, Maurícias, Maldivas e Seicheles vão analisar a execução do projeto, financiado por três organismos da Nações Unidas e que se encontra na fase final.
Nos últimos quatro anos, o projeto vem sendo financiado pelo Fundo para Ambiente Global, através de três das suas agências, entre elas o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. “Sobretudo nos últimos dois anos, testemunhámos uma excecional dedicação e empenhamento de todos os países, no sentido de assegurarem o êxito e a conclusão proveitosa do projeto”, disse o coordenador regional da iniciativa, Daniel Nzyuko.
“Com esta finalidade, todos os delegados têm uma história para contar. Uma história de sucessos e experiência única. Este fórum final destina-se à partilha conjunta e celebração das nossas conquistas e êxitos. É um momento para partilhar as lições que nós aprendemos, não apenas sobre as conquistas e sucessos, mas também sobre os desafios que nos aguardam”, acrescentou.
“Este trabalho conjunto na implementação de um projeto regional demonstra o compromisso das Nações Unidas em trabalhar em conjunto para responder aos países que assistimos em prol do desenvolvimento sustentável no mundo”, disse, por seu lado, a coordenadora residente do Sistema das nações Unidas, Zahira Virani.