Cem Soldos já está em contagem decrescente para receber mais uma edição do Bons Sons. Durante quatro dias, de 9 a 12 de agosto, o festival vai viver a aldeia intensamente preenchendo cada esquina com boa música, bons momentos, mas, também, boas práticas ambientais.
De forma a continuar o compromisso assumido em anos anteriores, a organização mantém-se empenhada em assegurar o crescimento sustentado do evento mantendo, para isso, uma forte aposta na reutilização de materiais, na diminuição da produção de resíduos e na implementação de sistemas de recolha e tratamento mais eficazes. Assim, além de dar continuidade às medidas implementadas nas últimas edições, o festival introduziu, este ano, algumas mudanças que vão contribuir para a diminuição da pegada ambiental do evento.
Restauração e Bares – Kit de loiça ecológico, garradas e copos reutilizáveis
Uma das principais novidades deste ano chega no momento das refeições. O festival proporciona, agora, uma alternativa aos tradicionais recipientes descartáveis: pratos de base biológica feitos a partir de farelo de trigo. Esta loiça, produzida pela polaca Biotrem, uma novidade não só no festival mas também em Portugal, é totalmente biodegradável e, pode até, ser comestível. O processo de compostagem destes produtos leva apenas 30 dias e não centenas de ano no caso dos pratos de plástico.
Em parceria com os SMAS Tomar, a garrafa Fill Forever também chega, este ano, pela primeira vez ao Bons Sons. Com um design inspirado numa cascata de água, a garrafa, à venda por 1,50€, é 100% reutilizável, reciclável e nacional. O próprio processo de produção do recipiente tem um baixo consumo energético e o gargalo e a tampa foram otimizados para serem mais leves para o ambiente.
De forma a reduzir também o volume de resíduos no recinto, o Bons Sons, com o apoio da Super Bock, novo parceiro do festival, eliminou totalmente os copos descartáveis de cerveja e refrigerantes, promovendo a utilização de copos reutilizáveis. Os copos são vendidos no festival e podem ficar como uma recordação do Bons Sons, ou o valor é reembolsado depois da sua devolução em locais específicos do recinto. A pensar igualmente na redução do lixo e, sobretudo, na prevenção de incêndios, serão distribuídos gratuitamente cinzeiros portáteis.
Iluminação e poupança de água
A quantidade de água potável utilizada por descarga de autoclismo no âmbito de um festival com a extensão do Bons Sons, implica um enorme desperdício de um recurso que é cada vez mais escasso. Por isso, também as casas de banho estão, agora, mais amigas do ambiente: as WC secas foram reforçadas e introduzidos urinóis-fardo de palha em toda a zona do campismo. Esta alternativa não requer a utilização de água para descargas desnecessárias e evita a passagem de resíduos pela estação de tratamento de águas. Desta forma, a pegada ecológica diminui e é valorizado um ciclo natural: os resíduos da WCeco, bem como os fardos de palha que vão absorver os líquidos, juntamente com coberto vegetal do próprio terreno, serão decompostos e transformados em matéria orgânica fértil que a população poderá utilizar, passado um ano, nas suas hortas, jardins ou sistemas agro-florestais.
Também a iluminação tem vindo a sofrer alterações a pensar na sustentabilidade: gradualmente, está a ser desenvolvido um investimento em lâmpadas LED, uma solução com maior eficiência energética que tem uma longa vida e é amena ao ambiente.
Transferir bons sons
O plano ecológico do Bons Sons, começa mesmo antes da chegada ao festival que convida os visitantes a deslocarem-se até ao recinto de transportes públicos disponibilizando, para isso, um transfer de hora em hora entre Cem Soldos, Tomar (estação de comboios CP e estação de autocarros), e Paialvo (estação de comboios CP, Linha do Norte). O serviço estará disponível entre 8 e 13 de agosto e o bilhete de ida e volta custa 1,50€.
A 9.ª edição do Bons Sons, conta com 48 concertos, em oito palcos distribuídos por vários locais da aldeia. Os bilhetes estão à venda por 25,00 euros (bilhete diário) e 45,00 euros (passe geral com campismo).