A maioria dos portugueses está preocupada com as alterações climáticas (86%), sobretudo os das faixas etárias entre os 55 e os 65 anos (90%), é o que concluiu o Barómetro 2023 – Perceção da Sustentabilidade em Portugal da Mastercard, lançado no âmbito do Dia Internacional contra as Alterações Climáticas, que se assinala esta terça-feira, 24 de outubro.
Apesar de a maioria dos portugueses perceber os efeitos das alterações climáticas (98%), contra 2% que afirmam não os notar, também para 11% dos entrevistados, as alterações climáticas têm uma relevância média, em comparação com 3% que demonstram pouca preocupação.
Os efeitos que os portugueses consideram mais expressivos são o aumento das temperaturas médias, indicado por 38% dos entrevistados, e a seca, que se intensificou neste verão (37%). Entre outros efeitos os inquiridos também destacaram os problemas de saúde relacionados com as alterações climáticas (9%), seguidos do desaparecimento de espécies da fauna e da flora (7%) e da escassez de alimentos (6%).
97% consideram que as alterações climáticas terão efeitos futuros, em comparação com 1,6% que afirmam que não e 1,4% que dizem não ter uma opinião formada. Entre os que responderam afirmativamente, 75% consideram que os mesmos efeitos vão continuar a agravar-se. Além disso, oito em cada 10 entrevistados acreditam que o aumento das preocupações com as alterações climáticas está relacionado com a perceção destes efeitos, uma opinião mais apoiada pelas mulheres (83%).
De acordo com o Barómetro da Mastercard, a maioria dos portugueses mostrou-se disponível a adotar medidas para ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas e compensar as respetivas pegadas de carbono: participar em iniciativas de reflorestação ou plantação de árvores, contribuir para a limpeza de recursos hídricos, como mares e rios, e limpar parques ou áreas da sua comunidade. Já 15% dos entrevistados consideraram não ter interesse em realizar qualquer tipo de atividade que possa ajudar a combater as alterações climáticas.
Quase metade (48%) considera que as empresas devem ser responsáveis relativamente aos seus impactos nas alterações climáticas e devem adotar iniciativas que reduzam a sua pegada de carbono (42%). Apenas 6% acha que este tipo de medidas não tem relevância e 4% não lhes dão importância.