A Ambiente Magazine conversou com o Departamento de Comunicação Corportativa do LIDL Portugal para ficar a par dos principais resultados do Relatório de Sustentabilidade 2021/22 da empresa e ainda conhecer os objetivos futuros do retalhista em matéria ambiental.
Entre 2021 e 2022, assistiu-se a um crescimento acima dos 90% de lojas LIDL com painéis fotovoltaicos, o que fez com que uma grande parte da energia consumida tivesse origem renovável. Só no ano fiscal de 2022, 5,2% de toda a energia consumida proveio de painéis fotovoltaicos em lojas e entrepostos, com um total 8.684 MWh produzidos. Mas só entre março e setembro do ano fiscal de 2023, foram produzidos 10.561 MWh, ou seja, mais do que o total do ano anterior.
Também o aproveitamento de espaço nos camiões permitiu, desde outubro de 2022, menos um a dois camiões por região e por semana, destacando-se uma ocupação média de quase 94%. Desta forma, em apenas um ano, foram menos 312 camiões a libertar CO2 e outros GEE. Assim, entre 2021 e 2022, o retalhista reduziu 41,7% das suas emissões no âmbito 1.
Ao nível do desperdício alimentar, em apenas dois anos, o LIDL evitou o desperdício de 6,56 milhões de produtos alimentares e, até 2030, a empresa compromete-se a reduzir o desperdício em 50%. Só no primeiro semestre de 2023, a empresa doou 1,9 mil toneladas de alimentos, impactando mais de 144 mil pessoas de norte a sul do país.
No consumo de matérias primas, houve uma redução de 54% em papel utilizado nos folhetos (só em 2022).
Em 2021 e 2022, a empresa substituiu 900 arcas frigoríficas antigas por arcas mais eficientes e com gases refrigerantes naturais com menos emissões, o que permitiu ter no final do ano fiscal de 2022, 33,1% das lojas e 100% dos entrepostos com sistemas de arrefecimento com gases refrigerantes naturais, uma medida essencial para reduzir as emissões de âmbito 1. Já em 2023, 81,5% dos sistemas de arrefecimento nas lojas já estavam a funcionar com gás natural.
“A sustentabilidade faz parte do ADN do Lidl e é vivida integralmente através da adoção de boas práticas económicas, ambientais e sociais ao longo da nossa cadeia de valor”
Até 2030, o retalhista quer reduzir em 71% as emissões de GEE nos âmbitos 1 e 2, e, adicionalmente, até 2026, os fornecedores, a nível internacional, responsáveis por 75% de GEE de âmbito 3, irão definir metas climáticas com base científica para reduzir a sua pegada de carbono. Os fornecedores identificados irão ter acesso a uma plataforma que permitirá acompanhar as respetivas emissões de GEE.
Desta forma, o LIDL continua o seu investimento na renovação da frota elétrica, nos painéis fotovoltaicos, na melhoria das arcas frigoríficas e continua focado em ter “um sortido cada vez mais sustentável em toda a sua cadeia de valor”.
“O setor do retalho é indiretamente responsável por uma quantidade significativa de emissões fora das suas próprias operações (95%). O retalho alimentar, em particular, é um dos setores com maior impacto nas alterações climáticas (25% a 30% das emissões globais de GEE), pelo que tem uma responsabilidade acrescida na indução de comportamentos e de padrões de oferta e consumo, ao longo da sua cadeia de valor. Dado o peso do setor e a sua inestimável importância para o bem-estar e sobrevivência do ser humano, é urgente a tomada de ações que visem reduzir as emissões de GEE e consequentemente a descarbonização do planeta”, afirma o departamento.
Em quatro anos, os artigos de marca própria em loja com certificações de sustentabilidade aumentaram mais de 40%. Em 2022, eram já 733 os produtos certificados, que representam 22% dos artigos Lidl de marca própria em oferta permanente.