A Ecoinside estreou um fundo de investimento, de capitais próprios no valor de 15 milhões de euros, destinado a apoiar as empresas portuguesas na transição energética e na redução de consumo de energia elétrica. De acordo com a empresa, o investimento foi feito na instalação de mais de 1100 metros quadrados de painéis fotovoltaicos, o equivalente à área de uma piscina olímpica, na empresa Telbac, em Amarante.
A empreitada é o primeiro projeto a usufruir do fundo da Ecoinside que, durante um período de dez anos, será a detentora da Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) e estará responsável pela operação e manutenção dos equipamentos instalados. A empresa do setor dos congelados Telbac vai beneficiar da partilha da poupança gerada pela central que se vai traduzir em cerca de 3 mil euros mensais, refere a Ecoinside em comunicado.
Segundo a empresa, a central fotovoltaica instalada será responsável pela produção de quase 32% das necessidades energéticas da Telbac e vai evitar que mais de 51 toneladas de CO2 sejam lançadas, todos os anos, para a atmosfera, tendo um impacto equivalente ao da plantação de cerca de 780 árvores.
O fundo agora inaugurado permite que as empresas alberguem centrais fotovoltaicas que produzem eletricidade a partir de energia solar, nas suas instalações, para aí ser consumida. Conseguem-se, assim, poupanças imediatas interessantes, adaptadas às necessidades energéticas de cada indústria.
“Este é o primeiro de muitos projetos que pretendemos desenvolver na área da produção energética sustentável, recorrendo ao fundo que criámos para todas as Pequenas e Médias Empresas (PME) que se pretendam juntar a nós na construção de um futuro mais verde e economicamente mais viável. É um passo que fará, certamente, a diferença e que ajudará Portugal a fazer a sua parte rumo à descarbonização da indústria e da economia”, afirma António Cunha Pereira, CEO da Ecoinside.
A Ecoinside tem já agendados 10 projetos que vão utilizar este fundo de investimento, ainda durante este ano, medida que pretende auxiliar as empresas portuguesas a cumprirem com as metas do Portugal 2030, que estabelecem que, já no início da próxima década, Portugal deve contar com 80% da sua energia a ser fornecida a partir de fontes renováveis e com uma redução de 50% das emissões de carbono.