Mais de metade dos portugueses (69%) não concordam com o valor cobrado mensalmente na sua fatura de eletricidade e acreditam que atualmente pagam demasiado pela energia que consomem, enquanto 8,4% não sabem exatamente se o valor cobrado na sua fatura é o mais ajustado para o seu consumo. Esta é uma das conclusões de um estudo feito pela ei energia independente, empresa especializada no autoconsumo solar fotovoltaico, do grupo Galp. O estudo realizado em Portugal e Espanha, surge da necessidade de se conhecer o nível de conhecimento da população nacional sobre seu consumo e sua conta de eletricidade.
O que é que os portugueses sabem sobre a sua conta de eletricidade?
Segundo o estudo, a potência contratada é um dos aspetos mais importantes a ter em conta na fatura e parece que os portugueses estão cientes disso: “85% afirmam saber que potência contrataram. E destes, 55% sabem que a sua potência é a mais apropriada, enquanto 30,5% sabem que têm uma potência contratada que não se ajusta às suas necessidades (seja acima ou abaixo)”.
Ysabel Marques, Iberian Chief Marketing Officer da ei energia independente, refere que “o facto de uma maioria não concordar com o valor da sua conta de eletricidade significa uma coisa: as pessoas precisam de outros modelos de fornecimento de energia, mais adequados às suas necessidades”. Neste sentido, defende o responsável, “a mudança para o autoconsumo torna-nos mais conscientes da energia que utilizamos e leva-nos a poupar na nossa fatura mensal de eletricidade. Isso dá-nos o poder, como utilizadores, para tomar as melhores decisões com base no nosso estilo de vida e necessidades”.
Num comunicado divulgado à imprensa, a ei energia independente considera que “promover a eficiência e o autoconsumo são alguns dos objetivos das boas práticas que precisam de ser implementados”. E esta forma alternativa de consumo de energia, apesar de existir há muitos anos, é ainda desconhecida da população: “37% dos portugueses reconhecem que não atualizaram os seus conhecimentos sobre o autoconsumo solar fotovoltaico nos últimos anos”. Em Espanha, e comparativamente, este número é ainda mais evidente com “seis em cada dez espanhóis (60%) a reconhecerem não ter muito conhecimento sobre o autoconsumo”, destaca o estudo.
Para Ysabel Marques, “gerar a sua própria energia permite que consiga evitar os impactos associados à volatilidade do mercado e aos custos do sistema. Os consumidores podem encontrar no autoconsumo uma oportunidade para minimizar os efeitos de alguma flutuação no valor da eletricidade, principalmente evitando as horas mais caras, já que a produção solar se concentra precisamente nesses períodos”.
Segundo o estudo ei, agora divulgado, “64% dos portugueses consideram que o autoconsumo solar fotovoltaico permite poupanças económicas significativas a médio e longo prazo, e 57% reconhecem que é uma fonte de energia mais sustentável”.