A Ambiente Magazine celebra os seus 30 anos e para comemorar esta data especial perguntou a responsáveis dos vários setores no Ambiente que políticas e estratégias consideram que serão preponderantes nos próximos 30 anos. Aqui fica o comentário de Pedro Simões, country general manager da Novo Verde.
Para preparar o futuro é importante conhecer o passado. Voltar 30 anos atrás, remete-nos para 1993, um ano antes de a Europa conhecer a primeira Diretiva de Embalagens 94/62/CE e quatro anos antes de Portugal fazer a sua transposição para o célebre Decreto-Lei n.º 366-A/97. Foi também em 1997 que o primeiro Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU I) foi aprovado. Todos estes diplomas foram essenciais para o sucesso da gestão de resíduos em Portugal. Foram instrumentos políticos e estratégicos que deram resposta a problemas concretos do País. Ajudaram no encerramento de lixeiras, na construção de estações de triagem e na criação de canais de recolha seletiva.
Chegados a 2023 e tendo como pano de fundo os próximos 30 anos, parece-nos urgente atuar na produção de resíduos e na sua deposição em aterro. Tal como no passado, o quadro regulatório em que as entidades operam deve ser robusto e claro, permitindo ganhos de eficiência na gestão de resíduos. Devem ser explorados sistemas de incentivo à diminuição da produção de resíduos, tais como o Pay As You Throw (PAYT).
A sensibilização e a edução continuam a desempenhar um papel importante, mas a inovação, a investigação e o desenvolvimento têm a grande vantagem de poder contribuir para a colocação no mercado de produtos com melhor Ecodesign, mais fáceis de reciclar e com menor impacte ambiental.