A Ambiente Magazine celebra os seus 30 anos e para comemorar esta data especial perguntou a responsáveis dos vários setores no Ambiente que políticas e estratégias consideram que serão preponderantes nos próximos 30 anos. Aqui fica o comentário de Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, sobre a área das Florestas.
O caminho para a conservação da floresta é um caminho inclusivo que integra diferentes abordagens e valoriza o saber e o papel dos diferentes stakeholders e das comunidades. Devemos também encarar a floresta nas suas várias vertentes: recurso, capital natural e património social, salvaguardando o seu valor ecológico e de suporte de biodiversidade.
Tendo em conta as metas nacionais e da UE, o futuro da floresta deverá assentar na resiliência climática da paisagem florestal, com especial foco na adaptação da floresta às alterações climáticas, sendo a Lei do Restauro da Natureza uma ferramenta obrigatória no alcance destas metas. Deverá também promover-se os processos e funções naturais dos ecossistemas florestais – a remuneração de serviços de ecossistema deverá ser uma forma de financiar a conservação da natureza e a gestão florestal.
A proteção da floresta é um desígnio de todos. Na lógica de conservação inclusiva todos temos um papel fundamental e devemos participar neste diálogo florestal.