1º programa nacional de aceleração de projetos da bioeconomia azul com três startups vencedoras
A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian anunciam os vencedores da 1ª edição do Programa de Aceleração Blue Bio Value, desenvolvido em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures: a Holandesa Hoekmine e as Portuguesas Undersee e SEAentia. Os três projetos vencedores receberam um total de 45 mil
euros para desenvolver os seus projetos.
A startup holandesa Hoekmine apresenta uma tecnologia altamente inovadora de desenvolvimento de cores com base em bactérias marinhas, substituindo a utilização de químicos, cores que podem ser aplicadas em vestuário, cosméticos, automóveis e muitas outras indústrias. As vencedoras nacionais são a Undersee, nascida em Coimbra, que desenvolveu um dispositivo e aplicação para recolher dados de qualidade da água em tempo real e a SEAentia, nascida em Cantanhede, que se dedica a uma produção sustentável em aquacultura de corvina num sistema de recirculação. Seguindo um conceito de economia circular, a empresa espera expandir a produção de algas, mexilhões e outras espécies.
Na cerimónia de encerramento do programa, José Soares dos Santos, fundador e presidente da Fundação Oceano Azul, enalteceu a coragem dos empreendedores que deram um passo importante e saíram da sua zona de conforto, para muitos o laboratório, para criar um negócio e uma empresa. “É preciso ser especial para ser empresário e estes empreendores demonstraram ter o que é necessário.” E acrescentou: “O resultado desta primeira edição vem confirmar que a aposta de ambas as Fundações foi correcta e portanto a próxima edição deve ser ainda mais ambiciosa, no sentido de criar também condições de incubação e de crescimento para as startups.”
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian realçou o empenho da Fundação em “acelerar a transição para uma economia azul sustentável, que ajude a criar empregos e a fomentar o progresso de uma forma inteligente, inclusiva e amiga do ambiente”. Isabel Mota acrescentou que ao impulsionar “modelos de negócio de impacto positivo, acreditamos que estaremos a promover padrões sustentáveis de produção e consumo”.