165.740 plantas florestais autóctones para a próxima época 2019/2020
O próximo período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones decorre de 19 de julho até 27 de setembro de 2019, aberto a todas as entidades que tenham responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), contando com uma disponibilidade inicial de 165.740 plantas de 45 espécies florestais autóctones.
O Regulamento e os formulários de candidatura estão disponíveis no site www.quercus.pt através do separador Projetos – Floresta Comum ou no www.florestacomum.org/candidaturas.
Com nove edições, o projeto Floresta Comum já disponibilizou cerca de 1.000.902 plantas de 60 espécies autóctones que foram plantadas em terrenos públicos e comunitários (baldios). De acordo com as disponibilidades dos quatro viveiros do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, foram atribuídas em 2018/19 cerca de 142.040 plantas, as quais foram plantadas entre novembro de 2018 e março de 2019. Tem sido grande o envolvimento da Administração Local nestas ações de (re)arborização, através dos Municípios, Juntas de Freguesia e outras entidades e organizações públicas ou de interesse público, pelo que o projeto Floresta Comum passa por disponibilizar cada vez mais plantas.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta parceria surgiu com o objetivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, entre outras, são evidentes. Em comparação com as espécies introduzidas, esta floresta está mais adaptada às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.
Projeto Floresta Comum
O arranque desta iniciativa ocorreu no âmbito das comemorações do Centenário da República Portuguesa, em 2010, que coincidiram com o Ano Internacional da Biodiversidade. Cerca de 80 municípios plantaram os “Bosques do Centenário” – monumentos vivos constituídos por 100 plantas (árvores/arbustos) autóctones portugueses.
Depois do sucesso desta iniciativa, em que foram plantadas 8.415 árvores, deu-se continuidade à atividade com o projeto “Futuro – 100.000 Árvores na Área Metropolitana do Porto”, em que foram plantadas 16.753 árvores, e testado o procedimento atualmente utilizado de disponibilizar plantas. A partir de 2012 as plantas passaram a ser solicitadas ao Floresta Comum, através de candidatura. Após aprovação das candidaturas e mediante a disponibilidade em plantas nos viveiros do ICNF, foram já distribuídas cerca de 1.000.902 plantas nas nove campanhas decorridas, com uma evolução de 53 mil na campanha de 2012/13 para as 142.040 na última campanha de 2018/2019.