15ª edição do Censo de Mantas está de regresso à ilha da Madeira
A 15ª edição do Censo de Mantas, organizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), desafia os habitantes da Madeira a descobrir esta ave e contribuir para a ciência e a conservação.
O desafio foi lançado e no próximo fim-de-semana de 9, 10 e 11 de abril, dezenas de voluntários estarão nas estradas da Madeira e Porto Santo, de olhos postos nos céus, a contar mantas, uma das quatro espécies de aves de rapina existentes no arquipélago.
A pé, de bicicleta, de mota ou de carro, várias famílias estarão a contribuir para avaliar o estado da população da maior ave de rapina diurna que nidifica no arquipélago. No total, desde 2006, segundo um comunicado da SPEA, “501 voluntários já percorreram 8678 km, avistando um total de 1204 mantas”. Estes dados têm permitido aos especialistas “aprofundar o conhecimento sobre diversos aspetos da biologia da espécie, tais como o comportamento e os habitats mais utilizados”, explica a entidade.
As mantas podem ser observadas um pouco por toda a ilha, desde as zonas florestais até aos centros urbanos. São frequentemente avistadas a voar ou pairar no céu, ou poisadas em cima de muros, postes ou outros pontos altos de onde possam avistar os roedores de que se alimentam. Comem também pequenas aves, insetos e minhocas. Apesar de a espécie ser considerada pouco ameaçada, sofre com o envenenamento e eletrocussão em linhas elétricas.
De acordo com a SPEA, as principais estradas da região devem ser cobertas, incluindo o Porto Santo, de modo a prospetar toda a área das duas ilhas.
“Se ainda não se inscreveu, mas se, entretanto, observar alguma manta este fim-de-semana, faça-nos chegar o seu registo através do e-mail madeira@spea.pt. Com o contributo de todos podemos ter um retrato mais fiel sobre o estado de conservação das mantas na Madeira”, apela Cátia Gouveia, coordenadora da SPEA Madeira.