1.300 toneladas de pilhas e baterias enviadas para a reciclagem em 2023

2023 encerra com balanço positivo na reciclagem das pilhas e baterias: o Electrão recolheu e enviou para reciclagem 1227 toneladas de pilhas e baterias usadas, o que representa um aumento de 90% face às 644 toneladas valorizadas no ano anterior.

Este aumento verificou-se sobretudo nas baterias industriais, que registaram uma evolução de 363 toneladas recicladas em 2022 para 891 toneladas em 2023. Trata-se de um aumento de 145%, maioritariamente proveniente de atividades empresariais e industriais.

Já para as pilhas e baterias portáveis, que são normalmente encontradas em comandos, brinquedos, telemóveis e computadores, o aumento registado foi de 19%, com 335 toneladas recolhidas, em 2023, face às 281 toneladas reunidas em 2022.

A evolução foi alcançada graças à colaboração de municípios, comerciantes, empresas, instituições, operadores de gestão de resíduos e ao trabalho desenvolvido pela equipa operacional do Electrão, mas está muito associada, especialmente no caso das pilhas e baterias portáteis, ao aumento do número de pontos de recolha, que cresceu 17%. À disposição do cidadão estão, atualmente, 7.212 locais onde é possível colocar pilhas e baterias usadas, mais 1.060 do que existiam em 2022.

Apesar dos bons resultados alcançados as quantidades recolhidas equivalem apenas a cerca de 100 gramas por pessoa, pouco mais de duas pilhas, o que é ainda manifestamente insuficiente face às quantidades disponíveis para recolha. “Para conseguirmos melhores resultados precisamos de contar com a colaboração de cidadãos mais conscientes. Muitas pilhas e baterias continuam a ser erradamente colocadas no lixo indiferenciadosem que sejam tratadas e recicladas”, alerta o Diretor Geral do Electrão, Ricardo Furtado.” O papel dos municípios, distribuidores e comerciantes é fundamental para aumentar a recolha e reduzir o impacto ambiental que estas provocam”, sublinha.

As pilhas e baterias têm substâncias altamente nocivas, que poluem o solo e a água, mas contêm igualmente materiais que podem ser reciclados, como o lítio e o cobalto, que integram a lista das matérias-primas identificadas pela Comissão Europeia como sendo críticas para assegurar a transição ecológica e digital.

Quando são colocadas no lixo indiferenciado, sem o correto tratamento e reciclagem, não só se geram impactos muito negativos para a saúde pública e ambiente, como também se desperdiçam materiais que poderiam ser reutilizados na produção de novas pilhas e baterias.

Também o serviço de recolha porta-a-porta para grandes eletrodomésticos, atualmente ativo em seis municípios da Área Metropolitana de Lisboa – Almada, Lisboa, Loures, Moita, Odivelas e Seixal – e que deverá este ano alargar-se aos concelhos de Amadora, Cascais, Mafra, Oeiras, Palmela e Sintra, tem permitido aumentar a recolha de pilhas e baterias.