Gelo marinho do Ártico bate recorde de menor extensão em janeiro
O gelo marinho do Oceano Ártico bateu o recorde de menor extensão no mês de janeiro dos últimos 38 anos, desde que os registos em satélite começaram a ser feitos, segundo o Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve (NSIDC) dos Estados Unidos. A extensão média do gelo marinho em janeiro de 2017 foi de 13,38 milhões de quilómetros quadrados, 260 mil quilómetros quadrados a menos do que em 2016 e 1,26 milhão de quilómetros quadrados a menos do que a média registada entre 1981 e 2010 para o mês de janeiro.
Ao longo do mês, as temperaturas registadas estiveram acima da média em quase toda a área do Oceano Ártico, segundo o NSIDC. Agora é inverno no Hemisfério Norte, época em que o gelo marinho deveria estar a aumentar. Mas esse crescimento parou na segunda semana de janeiro e a sua extensão diminuiu nos Mares de Kara, Barents e Okhotsk. Depois de 16 de janeiro, a extensão de gelo marinho voltou a subir, mas o crescimento foi abaixo da média para janeiro.
Entre outubro de 2015 e setembro de 2016, o Ártico bateu recordes de calor e de derretimento de gelo, segundo o Arctic Report Card 2016, um relatório revisto por 61 cientistas de todo o mundo, emitido pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA,).
Os cientistas climáticos afirmam que as razões para o aumento do calor incluem a queima de combustíveis fósseis que emitem gases causadores do efeito estufa, que prendem o calor na atmosfera.
No Hemisfério Sul, que está no verão, a extensão de gelo marinho na Antártica também teve recorde negativo. No Mar de Amundsen, o gelo marinho quase desapareceu em dados de 5 de fevereiro. No oeste da Antártica, a média da temperatura do ar tem estado acima da média por vários meses consecutivos.